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Cateter venoso central: simulação para ensino seguro de procedimentos

O cateter venoso central (CVC) é um dispositivo amplamente utilizado na prática médica para administração de medicamentos, nutrição parenteral, monitoramento hemodinâmico e acesso vascular prolongado. Apesar de sua importância clínica, a inserção de um CVC é um procedimento técnico desafiador, associado a complicações como punção arterial inadvertida, pneumotórax, mau posicionamento e infecções da corrente sanguínea.

 

Por isso, o ensino da técnica de inserção de cateter venoso central exige mais do que a simples transmissão de conhecimento teórico. A prática controlada, a aquisição de habilidades psicomotoras refinadas e a capacidade de gerenciar situações adversas são competências essenciais para reduzir riscos e garantir a segurança do paciente. Nesse cenário, o treinamento baseado em simulação tornou-se um recurso fundamental para a formação de médicos e profissionais da saúde.

 

Um estudo recente realizado no The Ohio State University Wexner Medical Center explorou a implementação de um currículo de simulação para treinamento de estagiários na colocação de CVC, com resultados relevantes para a prática educacional e clínica​.


Papel da simulação no treinamento para inserção de cateter venoso central

 

O estudo em questão avaliou um programa baseado na metodologia de Simulation-Based Mastery Learning (SBML), um modelo educacional em que todos os alunos devem atingir um nível mínimo de desempenho definido previamente para serem considerados competentes. A estrutura do programa envolveu três etapas principais: definição do padrão mínimo de aprovação, prática deliberada com feedback estruturado e reavaliação contínua até a obtenção da competência exigida.

 

Os participantes — 229 estagiários de 20 diferentes especialidades — foram submetidos a um pré-teste utilizando um checklist validado internamente, seguido de sessões de prática supervisionada em simuladores específicos para cateter venoso central. Após a prática, eram avaliados novamente e, se necessário, passavam por novas sessões de treino até atingir o desempenho mínimo estabelecido.

 

A avaliação prática contemplava etapas críticas da técnica, como identificação ultrassonográfica da veia jugular interna, abordagem correta da punção, manipulação segura do fio-guia, dilatação do vaso e inserção adequada do cateter. A ocorrência de ações perigosas — como retenção do fio-guia ou dilatação acidental da artéria carótida — também era monitorada de forma rigorosa.

 

Resultados do estudo: melhora de desempenho e segurança

 

Os resultados do programa foram expressivos. Cerca de 83% dos estagiários atingiram a competência necessária no primeiro teste pós-prática, 14% necessitaram de uma segunda tentativa, e apenas 3% precisaram de três tentativas​. No total, todos os participantes alcançaram a competência antes do início das atividades clínicas supervisionadas.

 

Houve uma melhora estatisticamente significativa entre os escores do pré-teste e do pós-teste (P < 0,001), indicando que o processo de prática deliberada e feedback imediato foi altamente eficaz no desenvolvimento das habilidades técnicas necessárias.

 

Apesar da eficácia, foram registrados episódios de ações perigosas em cerca de 10,5% dos participantes durante o treinamento, como retenção de fio-guia e dilatação de vasos arteriais. Esses eventos, porém, foram prontamente corrigidos no ambiente simulado, reforçando o papel da simulação como ferramenta para identificação precoce de riscos e para a consolidação de comportamentos seguros antes do contato real com pacientes.

 

Importância da simulação na prevenção de complicações

 

A utilização de simulação para o ensino da técnica de inserção de cateter venoso central oferece uma série de vantagens, como a oportunidade de praticar procedimentos complexos em um ambiente controlado, sem risco para pacientes, o que permite ao aluno experimentar, corrigir erros e aperfeiçoar suas habilidades com segurança.

 

Além disso, o treinamento baseado em simulação permite a padronização do ensino. Todos os alunos são avaliados sob os mesmos critérios objetivos, garantindo homogeneidade no nível de competência alcançado, independentemente da especialidade ou da experiência prévia do estagiário.

 

O modelo de Mastery Learning também se mostra mais eficiente para assegurar que todos os participantes, mesmo aqueles com dificuldades iniciais, alcancem o domínio necessário. Isso é especialmente relevante em procedimentos como a inserção do CVC, onde a margem de erro clínica é pequena e as consequências de falhas técnicas podem ser graves.

 

O estudo ainda aponta que, para maximizar a eficácia dos programas de simulação, é necessário investir em avaliações contínuas de retenção de habilidades, além de expandir o treinamento para outros grupos de profissionais, como médicos assistentes e residentes de diferentes especialidades.

 

Há também a recomendação de utilizar instrumentos de avaliação mais refinados, garantindo a validade e a confiabilidade dos testes aplicados. Medir o impacto direto desses treinamentos nos desfechos clínicos — como a redução de complicações associadas ao CVC — é outra etapa desejável para comprovar ainda mais a importância da simulação na formação médica.

 

Modelos Gphantom para o ensino de cateter venoso central

 

A Gphantom, comprometida com a excelência e inovação em educação médica, desenvolveu o Gphantom Acesso Venoso Central, um simulador específico para o treinamento de inserção de acesso venoso central guiado por ultrassom.

 

O Gphantom Acesso Venoso Central apresenta a morfologia externa da região do pescoço para facilitar a identificação das áreas de inserção e a orientação adequada da agulha. Equipado com duas estruturas venosas, o simulador permite a prática da punção venosa e a introdução de cateteres, proporcionando aos alunos a realizar treinamentos repetitivos em um ambiente seguro, sem riscos para os pacientes.

 

Além de simular a textura e resistência dos tecidos, o modelo oferece uma resposta tátil precisa ao toque e à inserção da agulha, permitindo que os estudantes adquiram confiança no uso do ultrassom para localizar e acessar as veias centrais.

 

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Gphantom: aprenda, pratique, aprimore.


Referências:

 

[1] Yee, Jennifer DOa,*; Holliday, Scott MDb; Spitzer, Carleen R. MDc; Essandoh, Michael MDd; Way, David P. MEde; Panchal, Ashish R. MD, PhDf. Preparing interns for clinical practice through an institution-wide simulation-based mastery learning program for teaching central venous catheter placement. Medicine 103(23):p e38346, June 07, 2024. | DOI: 10.1097/MD.0000000000038346



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