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Crioablação guiada por ultrassom mostra potencial no câncer de mama

A crioablação é uma técnica de ablação térmica que utiliza congelamento controlado para destruir tecido tumoral. O procedimento é feito por meio de uma sonda que libera nitrogênio líquido ou argônio diretamente na lesão, atingindo temperaturas em torno de -140 °C. Isso leva à cristalização intracelular, ruptura das membranas e necrose do tumor.

 

Com abordagem minimamente invasiva, a crioablação pode ser realizada em regime ambulatorial, com anestesia local, sem a necessidade de cortes amplos ou internação. O uso da ultrassonografia para guiar o procedimento permite a visualização precisa do alvo e da formação da zona de congelamento durante a intervenção.

 

Estudo brasileiro investiga uso da técnica no câncer de mama

 

Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), em colaboração com o Hospital São Paulo (HSP/HU Unifesp), conduzem uma pesquisa inédita sobre a aplicação da crioablação em tumores mamários [1]. A investigação tem como foco a avaliação da técnica em pacientes com câncer de mama em estágio inicial.

 

A fase inicial do estudo envolveu 60 pacientes que passaram por crioablação após cirurgia convencional. Segundo os resultados preliminares, a taxa de eficácia foi de 100% para tumores com menos de 2 centímetros, confirmada por análise histológica.

 

A pesquisa avança agora para uma etapa comparativa entre dois grupos: um tratado exclusivamente com crioablação e outro submetido à cirurgia tradicional. Participam desta fase mais de 700 pacientes em 15 centros de saúde do estado de São Paulo, com acompanhamento clínico e oncológico em longo prazo.

 

Técnica aplicada com controle ultrassonográfico e ciclos térmicos sequenciais

 

No procedimento, o tumor é tratado com três ciclos de congelamento e descongelamento, cada um com duração aproximada de 10 minutos. A ultrassonografia permite visualizar a introdução da agulha, monitorar a formação da "bola de gelo" e ajustar o posicionamento em tempo real para garantir que toda a lesão esteja envolvida.

 

De acordo com o professor Afonso Nazário, responsável pela aplicação no Hospital São Paulo, o tratamento é bem tolerado, indolor e não exige sedação. A incisão feita pela agulha é comparável, em tamanho, à de uma biópsia, e não há necessidade de internação.

 

A execução segura e eficaz da crioablação depende da visualização contínua do procedimento. A ultrassonografia é central nesse processo por permitir:

 

-       Posicionamento exato da agulha;

 

-       Monitoramento da expansão da área congelada;

 

-       Ajustes intraoperatórios em tempo real;

 

-       Evitação de lesões em estruturas adjacentes.

 

Esse nível de controle demanda treinamento específico e habilidades técnicas em procedimentos ecoguiados, especialmente em tecido mamário, cuja anatomia superficial e composição variável exigem refinamento da técnica.

 

Viabilidade no sistema público e perspectivas clínicas

 

Além dos benefícios clínicos, os pesquisadores avaliam a viabilidade econômica da técnica em contextos de alta demanda, como o Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é que, com a ampliação do uso da crioablação, os custos dos insumos, especialmente das agulhas criogênicas, sejam reduzidos, permitindo maior acesso.

 

A meta dos pesquisadores é que entre 20% e 30% das pacientes da fila de espera do SUS para tratamento de câncer de mama possam se beneficiar da abordagem, principalmente aquelas com tumores pequenos, sem invasão linfonodal e com contraindicação à cirurgia ou interesse em preservar a estética mamária.

 

Simuladores GPhantom para treinamento de procedimentos guiados por ultrassom

 

A aplicação de métodos como a crioablação exige capacitação prática em ambientes controlados antes da realização clínica. Nesse contexto, simuladores tornam-se ferramentas fundamentais para ensino, padronização e aperfeiçoamento técnico, como o Gphantom Mama e o Gphantom Biópsia:

 

-       Gphantom Mama: modelo desenvolvido para o treinamento de biópsia guiada por ultrassom e diagnóstico por imagem. Possui onze estruturas internas, com seis propriedades diferentes de ecogenicidade. Essa configuração possibilita o treinamento de biópsia por agulha fina (PAAF) e outros procedimentos como o de CORE biópsia.

 

-       Gphantom Biópsia: modelo que conta com estruturas regulares e irregulares, com diferentes ecogenicidades, destinado ao treinamento de agulhamento guiado por ultrassom.

 

Para saber mais sobre nossos produtos e como eles podem transformar o treinamento médico, acesse nossa loja virtual e descubra as melhores soluções para o aprendizado médico.

 

GPhantom: aprenda, pratique, aprimore.

 

Referências[1] 

 

[1] Unifesp. HSP/Unifesp realiza procedimento inédito para tratamento de câncer de mama. Disponível em: https://dci.unifesp.br/assessoria-de-imprensa-e-jornalismo/releases/hsp-unifesp-realiza-procedimento-inedito-para-tratamento-de-cancer-de-mama Acesso em: 04/06/2025

 

[2] CNN. Congelamento de câncer de mama tem 100% de eficácia em estudo nacional. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/congelamento-de-cancer-de-mama-tem-100-de-eficacia-em-estudo-nacional/ Acesso em: 04/06/2025

 

[3] Breast Cancer. Cryoablation for Breast Cancer. Disponível em: https://www.breastcancer.org/treatment/surgery/cryoablation Acesso em: 04/06/2025

Nós não encontramos o artigo científico deste estudo, provavelmente pelo fato de ainda estar sendo conduzido. Portanto, tivemos que utilizar matérias publicadas em portais (CNN) e a matéria oficial da universidade.

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