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Pediatria: Simulação para treinamento de acesso vascular

O acesso venoso periférico em pacientes pediátricos é uma habilidade técnica fundamental, mas também um dos procedimentos mais desafiadores na prática clínica. As particularidades anatômicas das crianças — como vasos de menor calibre, maior fragilidade dos tecidos e dificuldade de cooperação — elevam a complexidade do procedimento e aumentam o risco de falhas e complicações.

 

O uso da ultrassonografia como guia para inserção do cateter representa um avanço importante. No entanto, seu domínio exige treinamento prático e refinamento de habilidades específicas, como coordenação olho-mão, posicionamento do transdutor e controle da agulha sob imagem. Nesse contexto, uma das estratégias mais promissoras para desenvolver essas competências é o uso de simulação.

 

Novo estudo avaliou o impacto da simulação no desempenho de anestesiologistas pediátricos

 

Um estudo publicado no periódico Pediatric Anesthesia avaliou o impacto de um currículo baseado em simulação no desempenho de anestesiologistas pediátricos em acesso venoso guiado por ultrassom. Os resultados reforçam a eficácia dessa abordagem no aprimoramento técnico e na segurança do paciente pediátrico [1].

 

O modelo de ensino adotado no estudo foi o Simulation-Based Mastery Learning (SBML), fundamentado na exigência de que todos os participantes alcancem um padrão mínimo de desempenho antes de concluírem o treinamento [1].

 

Participaram 76 anestesiologistas pediátricos de diferentes níveis de formação — residentes, fellows e médicos assistentes — em um curso com duração de duas horas. A estrutura incluiu:

 

  • Teste prático inicial baseado em checklist com 25 itens;

 

  • Sessão demonstrativa em vídeo sobre a técnica de acesso venoso guiado por ultrassom;

 

  • Prática supervisionada em simuladores com anatomia pediátrica realista;

 

  • Pós-teste prático com exigência de desempenho mínimo de 92% (23 acertos em 25 itens).

 

Aqueles que não atingiram a nota mínima passaram por nova rodada de prática até demonstrarem domínio técnico. A metodologia priorizou não apenas a execução da técnica, mas também a correção imediata de erros, o uso de feedback estruturado e a repetição deliberada [1].

 

Evolução de desempenho e autoconfiança

 

Os dados revelaram uma melhora substancial no desempenho dos participantes após o treinamento. No teste inicial, apenas 21% atingiram o padrão mínimo de competência. Após a prática supervisionada, 96% alcançaram esse nível no primeiro pós-teste, e os demais atingiram a meta na segunda tentativa [1].

 

A média de acertos subiu de 21 para 24 itens, com diferença estatisticamente significativa (P < 0,01). Essa melhora ocorreu independentemente do tempo de experiência prévia dos profissionais ou da frequência com que realizavam acessos venosos na prática clínica [1].

 

Além do aprimoramento técnico, o estudo avaliou o impacto na confiança dos profissionais. Em uma escala de 1 a 5, a autoconfiança média aumentou de 3,2 para 3,9 após o treinamento, indicando que a simulação também contribui para a segurança emocional do anestesiologista ao realizar o procedimento em ambiente real [1].

 

Análise dos erros técnicos e implicações clínicas

 

Durante os testes iniciais, os erros mais frequentes incluíram:

 

  • Inserção da agulha fora do plano da imagem ultrassonográfica;

 

  • Identificação incorreta da estrutura vascular;

 

  • Manuseio inadequado do transdutor, prejudicando a visualização;

 

  • Falha na manutenção da técnica asséptica.

 

Esses erros, embora comuns entre profissionais em formação, podem resultar em múltiplas tentativas de punção, hematomas, infecção e aumento da dor para o paciente pediátrico. O ambiente de simulação permitiu que esses comportamentos fossem identificados e corrigidos sem risco ao paciente, promovendo aprendizado seguro e progressivo.

 

Um dado relevante apontado pelos autores foi que a performance técnica no pré-teste não se correlacionou com o tempo de experiência clínica. Isso indica que o acúmulo de prática real, isoladamente, não garante competência técnica, reforçando a necessidade de treinamentos estruturados e objetivos.

 

A importância da simulação no ensino da anestesiologia em pediatria

 

A simulação aplicada à pediatria oferece uma oportunidade única de preparar profissionais para contextos clínicos complexos. Em se tratando de procedimentos de acesso vascular, o risco iatrogênico é elevado e a tolerância a erros é mínima.

 

Modelos de simulação com anatomia pediátrica específica oferecem maior realismo e permitem que os profissionais treinem repetidamente o posicionamento do transdutor, a punção sob visão direta e o uso correto do ultrassom em condições similares às da prática clínica.

 

Além disso, currículos baseados em aprendizagem por domínio garantem que todos os participantes atinjam um padrão mínimo antes de atuarem com pacientes reais, contribuindo para a padronização da formação e para a segurança assistencial.

 

Soluções GPhantom para o ensino em acesso venoso pediátrico

 

A GPhantom oferece recursos específicos para o treinamento de técnicas ecoguiadas em neonatologia e pediatria. O Gphantom Braço RN é um simulador desenvolvido para simular com precisão o acesso venoso periférico em recém-nascidos, com foco no ensino da punção guiada por ultrassom.

 

O Gphantom Braço RN possui dois sítios contendo estruturas venosas, que reproduzem respectivamente as regiões da veia basílica e da veia cefálica. Os sítios de treinamento são removíveis e podem ser substituídos conforme necessidade de troca.

 

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GPhantom: aprenda, pratique, aprimore.

 

Referências:

 

[1] Ballard HA, Tsao M, Robles A, Phillips M, Hajduk J, Feinglass J, Barsuk JH. Use of a simulation-based mastery learning curriculum to improve ultrasound-guided vascular access skills of pediatric anesthesiologists. Paediatr Anaesth. 2020 Nov;30(11):1204-1210. doi: 10.1111/pan.13953

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