O câncer é uma das principais causas de morte no mundo, apresentando desafios constantes para os sistemas de saúde. No Brasil, o câncer de mama se destaca como o tipo mais comum entre as mulheres.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima que, em 2024, o país terá mais de 73 mil novos casos de câncer de mama. A mortalidade associada também é significativa, com o câncer de mama sendo responsável por 16% das mortes por câncer em mulheres no Brasil em 2021. As regiões Sul e Sudeste do país concentram as maiores taxas de incidência, reforçando a necessidade de intervenções mais intensas nessas áreas [1].
Em termos globais, a Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou cerca de 20 milhões de novos casos de câncer em 2022, com aproximadamente 9,7 milhões de mortes relacionadas à doença. O câncer de mama representou 11,6% dos novos casos no mundo, com cerca de 2,3 milhões de diagnósticos registrados. A crescente incidência da doença reflete a necessidade urgente de métodos eficazes de diagnóstico precoce e rastreamento [2].
Detecção precoce do câncer de mama
Sem dúvidas, o diagnóstico precoce é uma das principais estratégias na luta contra o câncer de mama. Quando a doença é identificada em estágios iniciais, a taxa de cura é alta, evidenciando a importância do rastreamento regular e da detecção oportuna. Para isso, campanhas como o Outubro Rosa desempenham um papel fundamental, promovendo a conscientização sobre a importância da triagem e incentivando as mulheres a realizar exames periódicos.
Instituída oficialmente no Brasil em 2011, a campanha tem sido um importante mecanismo para aumentar a adesão a exames de rastreamento, como a mamografia. Durante o mês, ações de conscientização são realizadas em todo o país, com foco em incentivar o autocuidado e o diagnóstico precoce, fatores que têm impacto direto nas taxas de sobrevida e de cura da doença.
Avanços diagnósticos e métodos de triagem
Com o avanço da tecnologia médica, novas opções de triagem para o câncer de mama têm sido incorporadas à prática clínica, complementando a mamografia.
Embora a mamografia continue sendo o exame mais utilizado para rastreamento, especialmente em países desenvolvidos, ela apresenta algumas limitações, particularmente em mulheres com mamas densas. A densidade mamária é um fator de risco para o câncer de mama e dificulta a visualização de nódulos malignos na mamografia, o que pode levar a diagnósticos tardios [5].
Nesse contexto, o ultrassom mamário tem ganhado destaque como uma alternativa eficaz em casos de mamas densas e como método complementar à mamografia. O ultrassom é uma técnica de imagem não invasiva que utiliza ondas sonoras para criar imagens detalhadas dos tecidos mamários, permitindo a detecção de nódulos e outras anormalidades que podem não ser visíveis na mamografia [5].
Estudos recentes mostram que o ultrassom pode detectar até 96% dos cânceres que não são identificados pela mamografia, o que o torna uma ferramenta valiosa no rastreamento de mulheres com alto risco. O ultrassom é particularmente eficaz na detecção de cânceres invasivos, que tendem a se espalhar mais rapidamente e requerem tratamento imediato [5].
O ultrassom é também vantajoso por não utilizar radiação, sendo uma alternativa segura para mulheres jovens, gestantes e aquelas que possuem contra indicações para a exposição à radiação. Além disso, o ultrassom permite uma melhor diferenciação entre lesões sólidas e císticas, facilitando o diagnóstico de lesões que podem exigir biópsias para confirmação [5].
Treinamento em ultrassonografia com GPhantom Mama
A execução correta do ultrassom e a interpretação precisa das imagens são fatores muito importantes para reduzir a taxa de erros diagnósticos e garantir que os pacientes recebam o tratamento adequado.
O GPhantom Mama foi desenvolvido para proporcionar treinamento prático em ultrassonografia mamária, com foco também em técnicas de biópsia guiada por ultrassom. O simulador possui onze estruturas internas que simulam diferentes tipos de lesões, além de seis níveis de ecogenicidade.
A prática em simuladores também aumenta a confiança dos médicos na realização de procedimentos como a PAAF (Punção Aspirativa por Agulha Fina) e a CORE biópsia, técnicas fundamentais para a confirmação diagnóstica de lesões mamárias.
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Referências
[1] INCA. Dados e Números sobre Câncer de Mama - Relatório Anual 2023. Disponível em: https://www.inca.gov.br/publicacoes/relatorios/dados-e-numeros-sobre-cancer-de-mama-relatorio-anual-2023 Acesso em: 10/10/24
[2] WHO. Global cancer burden growing, amidst mounting need for services. Disponível em: https://www.who.int/news/item/01-02-2024-global-cancer-burden-growing--amidst-mounting-need-for-services Acesso em: 10/10/24
[3] SBM. Câncer de mama ainda é o que mais acomete as mulheres. Disponível em: https://www.sbmastologia.com.br/cancer-de-mama-ainda-e-que-mais-acomete-as-mulheres/ Acesso em: 10/10/2024.
[4] INCA. Detecção precoce: estratégias para a detecção precoce do câncer de mama. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-de-mama/acoes/deteccao-precoce Acesso em: 10/10/24
[5] Yang, L., Wang, S., Zhang, L. et al. Performance of ultrasonography screening for breast cancer: a systematic review and meta-analysis. BMC Cancer 20, 499 (2020). https://doi.org/10.1186/s12885-020-06992-1
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